Saturday, August 28, 2004

Rush, rush, rush...


A primeira semana de aula passou voando e eu estou super cansada fisica e mentalmente. :( Férias de verão é otimo e a gente acaba se acostumando com a vida boa mas agora vai levar um tempo para eu conseguir entrar no ritmo novamente.
Tenho a impressão que esse semestre vai passar muito, muito rápido. O ritmo do estágio no hospital está uma loucura. Há vários projetos em andamento e as visitas às creches e aos postos de saude já estão agendadas pra logo, logo. Falar de higiene bucal em inglês e francês até que tem sido fácil. Dificil mesmo tem sido aguentar minhas professoras. Especialmente depois que elas descobrem o que eu já fazia no Brasil. Haja paciência e jogo de cintura! :)

Para chegar ao hosptal eu corto caminho pelo campus da HEC de Montréal (escola de alto comércio de Montreal). Essa quinta-feira parei para assistir os alunos veteranos dando trote nos seus calouros. Tudo no melhor estilo brasileiro. O cheiro de mostarda misturada com ovo e cerveja eu reconheci de longe. So as letras das musicas e dos gritos de guerra é que eu não entendi muito bem mas acabei voltando para casa cantarolando as musiquinhas não muito recomendáveis que eu tinha aprendido lá minha faculdade no Brasil. ;)

Olhando aquela turma toda celebrando senti uma mistura de alegria e tristeza. Alegria de saber que já passei por essa fase, que já vivi aquele momento e que continuo caminhando rumo à outras conquistas. Tristeza de ver como o tempo passa rápido e de que quando a gente menos se apercebe está parado em uma esquina qualquer da vida olhando os outros viverem o que a gente viveu há apenas alguns dias, digo, há apenas alguns anos.

Sunday, August 22, 2004

Cenas de um churrasquinho brasileiro chez nous!


-O sol foi dádiva divina;
-O churrasqueiro é da casa;
-A caipirinha saiu graças a uma 'Ypioca' importada do Brasil pela minha mãe;
-A picanha veio de uma casa de carnes lá da rua Roy aqui em Montreal;
-A farofa, o vinagrete e a maionese ficaram por minha conta.
-O papo alegre e interessante foi cortesia dos amigos luso-canadenses. Pelo sorriso da foto parece que eles aprovaram! :)

P

Thursday, August 19, 2004

Esses dias ouvi uma frase interessante que me fez pensar muito. "O melhor presente que um pai pode dar aos seus filhos é a amar a mãe deles". É claro que o inverso também se aplica mas achei o pensamento simples, vedadeiro e muito profundo. Me fez refletir sobre várias coisas.
As vezes tenho muita vontade de ser mãe. Outras tenho muito medo. A complexidade do assunto é realmente assustadora.

Friday, August 13, 2004

O verão mais sem graça do mundo



Minhas aulas recomeçam em menos de duas semanas e acho que eu estou mais branca do que estava no fim do inverno. Foram poucos dias de sol de verdade. Choveu (e ainda tem chovido) muito e claro que nos dias mais bonitos da estação eu estava presa no consultorio trabalhando. :(
Vamos ver se esse fim de semana o tempo ajuda e a gente acaba fazendo um programa legal. Eu que sempre reclamei da "praia" daqui já não estou me importando. Um sábado de sol para eu tentar pegar uma 'corzinha' seria uma boa despedida das minhas férias.

Mas tudo bem.... nem tudo é tragédia. Tenho aproveitado muito a companhia da minha mãe. Temos passeado muito e colocado a conversa em dia. Pouco a pouco ela está pegando o "espirito" de Montreal e logo, logo vai acabar se sentindo canadense. Haha!
Meu blog ficou alguns dias foras do ar por causa de um problema com o sistema de comentários. A noticia boa é que o problema foi resolvido. A má noticia é que eu perdi quase todos os comentários. :( Oh well...

Q

Monday, August 09, 2004

Segunda- feira, Lunes, Lundi, Monday...



Blah....Acordei com um humor de Garfield. "Odeio segunda-feira."

Friday, August 06, 2004

J'ai oublié


Je me souviens de rien pantoute
J’ai même oublié ma nationalité
Où est passé notre fierté ?
Notre franc parler se fait angliciser
On a rendu notre tablier
On a l’air d’un troupeau de brebis égarées
Mauvais berger, mouton mal aimé
Mieux vaut être seul que mal accompagné
Je me souviens de rien, fais-je de l’amnésie ?
Suis-je un Américain né en Californie ?
Pays à vendre, qui veut le prendre ?
Bonus en plus 8 millions de pieds-tendres
Colonisés, assimilés
Venez ils se laissent même marcher sur les pieds
Gens du pays, où êtes-vous ?
Donnez signe de vie et réveillez-vous
Gens du pays, ce n’est plus notre tour
De nous laisser manger par les vautours


Apesar de praticamente nunca assistir aos canais de TV de lingua francesa devo confessar que prefiro as rádios francofônicas. A programação é muito mais diversificada e divertida e eu acabo aprimorando o meu vocabulario além de conhecer algumas bandas locais. A letra ai em cima é de uma banda chamada Capitaine Révolte. Em outubro do ano passado eles tocaram lá na minha faculdade na hora do almoço e eu acabei virando fã. Rolou um climinha meio underground muito legal. Apesar de não tomar partido na questão da soberania quebequense eu gosto muito de observar e entender o comportamento das pessoas (principalmente dos mais jovens) quando confrontados com esse assunto.
Ontem à noite ouvi essa musica no rádio do carro e fiquei refletindo sobre a letra. Fiquei tentando imaginar qual o lugar de imigrantes como eu na cultura local...

Monday, August 02, 2004

Afazeres


Sempre mantive uma lista mental das coisas que eu gostaria de poder fazer um dia. Pequenas fantasias que por falta de tempo ou de oportunidade sempre acabam ficando para mais tarde, para um dia quem sabe. Acho que todo mundo tem uma lista dessas, né? Felizmente eu já fiz muitas coisas legais na minha vida mas ainda espero poder nadar com golfinhos, voltar a tocar piano, aprender italiano, viajar pela Europa, dançar um tango, aprender a esquiar, fazer aula de canto entre outras coisas.

Inesperadamente semana passada eu acabei acrescentando um outro item à minha lista: voar de balão! :) Fomos visitar meus sogros no iterior de Quebec e tivemos a agradável surpresa de estar na cidade no dia do Fetival des Montgolfières de Bécancour. Foi quando estávamos lá fora apreciando a dança dos baloes passando por cima da casa que me bateu uma grande calma seguida de uma grande excitação. Deve ter sido por causa de uma vozinha insistente que repetia dentro de mim: "ano que vem, ano que vem"...